Será que vale a pena? Será que vai dar certo? Tenho certeza que alguma vez na vida você já se deparou com um desses questionamentos. Eu sempre acabo retirando-os do fundo do baú empoeirado no qual tentei guardá-los. Na verdade, não sou uma boa pessoa para relatar assuntos de cunho afetivo, porque a minha vida sentimental não é das movimentadas e muito menos prazerosa para se narrar. Vou me arriscar por acreditar que as relações pessoais que constroem uma vida. Aliás, são elas também que ficam.
Cada pessoa tem consigo um preconceito gerado através de experiências agradáveis vividas anteriormente. Sabe aqueles momentos que eram esplendidamente perfeitos para você? Foram esses que te fizeram inconscientemente criar o maldito perfil certo da pessoa errada. Que te fazem acreditar que ser estranha e desajeitada é requisito fundamental na pessoa com quem vai se relacionar. Que ter a pele bem clara e os olhos bem redondos é o que vai fazer o seu ritmo cardíaco regular terminar em arritmia. Que ter medo de insetos e crustáceos é a coisa mais charmosa do mundo. E se não gostar da Claudia Leitte? Ih, pro fim da fila.
Você passa a ter a brilhante idéia de procurar em outras pessoas aquilo que você acredita ser o perfil certo. Equívoco. Você está tentando encontrar verdadeiramente aquilo que já viveu, e quando se depara com algo que fuja do padrão esperado é mais um tapa de luvas na cara. E tomara que seja dos bem fortes. Não, está longe de mim desejar agressividade na vida de alguém, mas tive que utilizar dessa metáfora para dizer que é necessário distinguirmos o quanto cada pessoa é única na nossa vida. Consequentemente, cada relacionamento que vier a ter um dia será diferente dos outros que já teve.
Eu passei um bom tempo inspirado por esse falso perfil errado da pessoa certa. Esse tipo de burrice nem naquele baú empoeirado, do qual eu retirei as perguntas, pude guardar. Tive que antecipar as comemorações juninas e lançá-la imediatamente num balão de papel. Não me prenda por isso; foi necessário.
Não acredito que a gente escolha capciosamente de quem vamos gostar, com quem vamos namorar e a pessoa que vamos querer dividir um pouco da nossa estupidez humana. Acho que vai muito além de escolha. Honestamente, nos primeiros contatos, consigo dizer se aquilo vale a pena pra mim e se pode dar certo. Tenho certeza que não é porque escolho. É questão de tato, cheiro, estilo, sintonia, atração, carma. Coisas que fazem as palavras ficarem tão pequenas a ponto de não conseguirem se expressar minuciosamente.
Se eu pudesse dar um conselho eu diria: Se desprenda do perfil certo, ele não existe. Ele é ilógico, irreal. Existe somente a pessoa certa (ou errada), que pode lhe fazer recriar novos "perfis certos" e dividir bons momentos contigo. Se permita. Viva. SINTA!
"É verdade que os relacionamentos são muito mais complicados do que as regras,
mas as regras nunca vão lhe dar as respostas para as questões profundas do coração.
E nunca irão amar você."
(A Cabana - William P. Young)
Davii,
ResponderExcluirTexto muito bom viu...
Concordo em várias partes
Abraçãoo...
:D