"A felicidade só é real quando compartilhada" (Christopher McCandless - Filme: Into the Wild)

sábado, 9 de julho de 2011

O magnetismo irônico



Eu achava que o magnetismo se tratava apenas de fenômenos naturais relacionados à atração ou repulsão de materiais. Só fui descobrir que ele ia muito além disso quando observei e me deparei com o tal atuando sobre mim.

Eu tenho períodos onde os 'pólos' estão mais carregados. São nestes períodos que consigo atrair um pouco de tudo. Gente doida na rua parece destinada a expressar um pouco de sua insanidade comigo, mal olhado é tão comum quanto buteco em BH, mas são nesses momentos que consigo romper um pouco da barreira freadora da vida. Me permito conhecer pessoas que venham compartilhar momentos, papos, felicidade e, às vezes, até me aventuro a ir além dos contatos receosos; apresento o meu mundo. E quando isso é possível, é praticamente certeiro. Como tenho sorte de anexar capítulos e personagens incríveis à minha história.

Em contrapartida, tem épocas que meus 'pólos' se anulam e se neutralizam. São nestas horas que nada acontece e só me restam pensamentos, reflexões, saudades, lembranças e aceitações. Sinto falta do perfume que eu já não sei mais qual, do abraço que me faz seguro e protegido, de um olhar pra me guiar e de um sorriso pra me motivar. Me vêm lembranças de quando o que mais importava era a diversão, a liberdade adquirida e as aventuras vividas. Penso nos pensamentos, nos momentos, nos tormentos. E ainda consigo aceitar as desculpas, as condições e a falta de noção.

Por fim, tenho os momentos em que as 'cargas' estão dispostas de forma a repelir. Hoje em dia é o que eu mais tenho vivido. Me tornei prisioneiro das 'cargas' repulsoras. Como ironia do destino, o centauro com sede de renovação às vezes se perfura com a sua própria flecha. Me tranquei dentro do universo do receio e me arrasto no caminho que consigo ver à frente. Falta coragem para sair do rotineiro, do comum, da minha zona de conforto. Tenho preguiça de coisas mesquinhas, ou será que fui eu que fiquei? "Fechado" é o meu sobrenome. Os dias parecem iguais e já chego a me constranger com as inoportunas "O que você conta de novo? Quais as novidades?". Não conto nada de novo malditas!

Alguém sabe a fórmula pra expulsar este magnetismo irônico e mandá-lo de volta pras coisas materiais? A vida não pode se prender às suas forças, é preciso se libertar e flutuar; flutuar sem oscilações em sentimentos reais.


"Assim como uma bela rosa, mas com um magnetismo traiçoeiro, que não se compara com simples resquícios
materiais, sim, era normal, mas a mais bela de todas. Era o ápice oculto e glorioso dos pássaros, depois de admirar suas 
pétalas, simplesmente o encanto era lançado, hipnotizando e martirizando-os, fazendo com que lutassem incessantemente pelo gozo da felicidade."
(C.Ventrone)

4 comentários:

  1. Davi, sempre leio suas postagens aqui e só hoje resolvi comentar.

    Muito bom o que você escreve, de verdade!

    E quanto à fórmula pra expulsar esse magnetismo dito por você, é só começar sabendo que às vezes quando tudo fica desesperador, as pessoas te acham. É só esperar uma despolarização natural dessa repulsão irônica.

    Flww =)

    ResponderExcluir
  2. Ótimo post, Davi!!!

    ResponderExcluir
  3. Pedro: Valeeeu! Curti muito seu comentário e concordei dmais com o que disse!

    Marcelo: Valeeeu kraa!! Bom dmais vc sempre acompanhando aqui uai!

    E anonimo: Obrigado! :D

    ResponderExcluir